Irã ameaça retaliar com ataques a bases dos EUA caso seja bombardeado

O clima de guerra no Oriente Médio se agravou após autoridades americanas confirmarem que o Irã posicionou mísseis e reforçou sua estrutura bélica para reagir a qualquer apoio militar direto dos Estados Unidos a um possível ataque israelense. A principal preocupação de Washington é que uma ofensiva sobre a instalação nuclear subterrânea de Fordo resulte em retaliações imediatas contra bases americanas na região.

Documentos de inteligência dos EUA indicam que Teerã já elaborou planos para atingir alvos militares americanos, especialmente se houver uma operação conjunta com Israel. Fordo, localizada sob uma montanha e considerada vital para o programa atômico iraniano, é o foco das atenções. Os EUA deslocaram aviões de reabastecimento para a Europa, o que pode ampliar o alcance de bombardeiros B-2 equipados com a bomba “Massive Ordnance Penetrator”, capaz de atingir fortificações subterrâneas.

Segundo as fontes, uma ofensiva contra Fordo ativaria imediatamente grupos aliados ao Irã. Milícias no Iraque, na Síria e os houthis do Iêmen mirariam navios no Mar Vermelho e bases dos EUA. Além disso, o Irã considera lançar minas no Estreito de Hormuz, essencial para a navegação comercial americana no Golfo Pérsico.

Cerca de 40 mil militares dos EUA permanecem em estado de alerta elevado nos Emirados Árabes Unidos, Jordânia e Arábia Saudita. Dois altos representantes iranianos confirmaram que a retaliação seria direta, com início pelas bases americanas no Iraque. “Nossos inimigos não imporão sua vontade ao povo iraniano por meio de ataques militares”, disse o chanceler Abbas Araghchi em nota oficial após conversa com ministros europeus.

Fontes americanas reconhecem que Israel não teria como neutralizar o programa nuclear iraniano sozinho. O apoio dos EUA incluiria desde logística para tropas infiltradas até bombardeios aéreos. Ainda assim, analistas avaliam que parte do material nuclear do Irã permanece escondido em túneis, dificultando qualquer ofensiva decisiva.

O presidente Donald Trump voltou a endurecer o tom e exigiu a “rendição incondicional” do Irã. Ele prometeu impedir Teerã de obter armas nucleares. Especialistas ouvidos pelo New York Times alertam que uma ação americana reforçaria o desejo iraniano de construir armamento atômico. “Se os EUA entrarem na guerra, sair dela será quase impossível”, afirmou Rosemary Kelanic, diretora do Defense Priorities.

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