Brasil

Crise entre Bolsonaro e STF se intensificou após ida de Eduardo aos EUA

Redação Diário da Manhã

Publicado em 19 de julho de 2025 às 10:41 | Atualizado há 1 dia

A ida de Eduardo Bolsonaro aos Estados Unidos, marcou o início de uma grave crise institucional que culminou na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de impor tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Eduardo anunciou licença do mandato para morar temporariamente nos EUA, o que foi interpretado como o início de articulações com setores da extrema direita americana, incluindo tentativas de pressionar o Judiciário brasileiro por meio de canais internacionais.

A crise ganhou fôlego com a movimentação de parlamentares republicanos nos EUA, que passaram a pressionar Donald Trump para aplicar sanções contra Moraes. Jair Bolsonaro também se reuniu com um conselheiro do Departamento de Estado norte-americano. Paralelamente, o STF abriu inquérito contra Eduardo Bolsonaro por coação e tentativa de obstrução da Justiça. O próprio ex-presidente admitiu ter enviado cerca de R$ 2 milhões ao filho nos EUA, o que levantou suspeitas sobre o real propósito da viagem.

O cenário internacional se agravou com declarações públicas de Donald Trump em defesa de Bolsonaro e críticas às investigações conduzidas no Brasil. A Embaixada dos EUA no Brasil chegou a se manifestar em defesa da família Bolsonaro, pouco antes de Trump anunciar tarifas contra produtos brasileiros. Em uma declaração mais contundente, o ex-presidente americano chegou a pedir o fim dos processos judiciais contra seu aliado brasileiro.

Diante do que considerou uma tentativa de extorsão contra o Judiciário, Moraes determinou medidas duras: além da tornozeleira eletrônica, Bolsonaro foi proibido de usar redes sociais, manter contato com aliados políticos, diplomatas estrangeiros e com seu próprio filho, Eduardo Bolsonaro.


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