Após declaração de Trump sobre “amor ao povo brasileiro”, Lula diz estar aberto ao diálogo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu ao declarar publicamente seu “amor ao povo do Brasil”. Durante entrevista na Casa Branca, afirmou que Luiz Inácio Lula da Silva poderia telefonar para ele “quando quiser” para discutir as tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. Apesar das críticas à condução política do governo brasileiro, o republicano elogiou a criatividade e o espírito trabalhador dos brasileiros.

“Amo o povo do Brasil. Sempre amei. Eles são trabalhadores, criativos, e têm uma cultura maravilhosa”, disse Trump.

Lula reagiu com firmeza e ressaltou que os rumos do Brasil pertencem aos brasileiros e suas instituições. O presidente declarou que o governo preparava respostas às tarifas norte-americanas, com foco na proteção da economia nacional, das empresas e dos trabalhadores. Mesmo diante das tensões, Lula reafirmou a disposição para o diálogo, desde que preservada a soberania do país.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, se reuniu com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Washington. O encontro marcou uma tentativa concreta de reabrir os canais diplomáticos, depois de semanas de tentativas frustradas.

O vice-presidente Geraldo Alckmin assumiu a liderança nas conversas com autoridades norte-americanas, incluindo o secretário de Comércio, Howard Lutnik. Como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Alckmin comandou reuniões com empresários e representantes de setores afetados pelas tarifas impostas pelos EUA.

Trump formalizou a retaliação ao Brasil por meio de carta publicada em rede social, na qual criticou a Justiça brasileira pelo tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O líder americano acusou o Judiciário do Brasil de perseguição política, o que ampliou as tensões diplomáticas entre os dois países. Lula, no entanto, reforçou a posição de defesa da autonomia nacional diante das pressões externas.

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