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Jovem fica um mês com vidro de 5 cm enterrado nas costas

A jovem Maria Luísa Rangel, de 21 anos, ficou por quase um mês com um caco de vidro de 5 cm enterrado nas costas, após sofrer um acidente doméstico, em Praia Grande, no litoral de São Paulo.

Em uma entrevista neste sábado,19, a supervisora administrativa Jamile Rangel da Silva, de 40 anos, que é a mãe da jovem, diz que a filha se machucou no dia 26 de fevereiro, após cair em cima de uma mesa de vidro e afirma que houve negligência na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde a filha foi atendida.

De acordo com Jamile, a jovem caiu de um telhado da casa da amiga e foi levada para atendimento na UPA Samambaia. “Ela foi para a casa da amiga, e a mãe dessa amiga mora do lado. Então a amiga esqueceu a chave na casa da avó, elas entraram pela casa da mãe da menina, que as duas sacadas são do lado uma da outra. Mas minha filha se desequilibrou e caiu”.

A mãe diz que a UPA, não solicitou um exame de raio-x e não foi feita nenhuma receita médica com remédios, “Ela tomou 28 pontos, mas ainda sim estava sentindo muito desconforto. Fui na UPA e solicitei o prontuário, para fazer uma denúncia, mas foi negado. Disse que chamaria a polícia e só assim me passaram o nome do médico”, conta.

Após cinco dias, a mãe disse que começou a sair secreção dos pontos da jovem, então ela foi levada ate o Hospital Irmã Dulce. Elas foram informadas que aquilo era normal e a profissional de saúde que atendeu Maria também não identificou que ela estava com um caco de vidro alojado nas costas.

No dia 9 de março, Maria tirou os pontos e voltou a sua rotina de trabalho. Mas devido a uma dor constante na última segunda-feira, 14, a mãe da jovem teve que ir até São Paulo para uma reunião de trabalho e levou a jovem até um pronto atendimento.

A médica cirurgião do pronto atendimento de São Paulo, encontrou o vidro que estava alojado nas costas da jovem, e solicitou a internação e o procedimento para que fosse retirado o objeto, que foi realizado na madrugada de terça-feira 15.

“O atendimento em São Paulo foi completamente diferente, fomos muito bem atendidas. Só não foi possível suturar o ferimento pelo risco de infecção. Minha filha ficou traumatizada e eu vou tomar os procedimentos cabíveis com relação ao médico que a atendeu primeiro na UPA de Praia Grande e não notou esse vidro, além de não ter solicitado ao menos um exame, e ela ter ficado com um vidro de 5 centímetros no corpo”, conta Jamile.

Em nota, a Prefeitura de Praia Grande informou que a UPA Samambaia é gerenciada pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM). A administração municipal também informa que a Secretaria de Saúde (Sesap) está abrindo um processo administrativo para apurar o caso e tomar todas as providências cabíveis.

*Com informações do G1

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