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Lula exonera 10 coordenadores de saúde indígena

Em meio à crise humanitária, o governo prometeu acelerar o recrutamento de médicos para distritos indígenas


		Lula exonera 10 coordenadores de saúde indígena
Visita feita a tribo afetada pela desnutrição.. Fonte: Reprodução/Internet

Em meio à crise humanitária relacionada ao povo Yanomami, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou 10 coordenadores de saúde indígena do Ministério da Saúde, nesta segunda-feira, 23, . As demissões foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

Os servidores foram destituídos dos cargos em Roraima – região visitada por Lula no meio da semana –, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso e Amazonas.

De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 500 crianças Yanomami morreram por desnutrição. A situação trágica levou o atual governo a decretar estado de Emergência em Saúde de Importância Nacional (Espin) no território.

“Genocídio” e “crime premeditado”

Após visitar o povo indígena em Roraima, no sábado, 21, Lula afirmou que o abandono dos Yanomami pela gestão de Jair Bolsonaro (PL) é “um crime premeditado” e um “genocídio”. O presidente também relatou o cenário crítico no qual encontrou os indígenas

Mais médicos

Em resposta à necessidade de esforços para combater a tragédia no povo Yanomami, o Ministério da Saúde anunciou no domingo, 22, que, por causa da falta de assistência sanitária para a população do território Yanomami, estuda acelerar um edital do Programa Mais Médicos a fim de recrutar profissionais para atuação nos Distritos Sanitários Indígenas (Dsei).

Segundo a pasta, o recrutamento seria de médicos formados tanto no Brasil quanto no exterior, e a atuação seria de maneira permanente, inclusive no Dsei Yanomami, onde quase 100 crianças morreram no ano passado, segundo o Ministério dos Povos Indígenas.

Os Dsei são unidades de responsabilidade sanitária federal e correspondem a uma ou mais terras indígenas.

Bolsonaro e Damares

O atual mandatário atribuiu ao seu antecessor a culpa pela crise humanitária dos povos Yanomamis. No domingo, Bolsonaro rebateu os ataques que recebeu de Lula.

Em seu canal oficial no Telegram, Bolsonaro classificou as críticas e acusações imputadas a ele como “mais uma farsa da esquerda”, e destacou ações do governo dele no território indígena.

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