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Troca de etiquetas de malas em aeroportos: PF identifica nova vítima brasileira

Nova vítima de troca de etiquetas de malas em aeroportos: mulher tem bagagem trocada por drogas em viagem a Paris, com atuação de grupo criminoso.

terminal do Aeroporto Internacional de Guarulhos. terminal do Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A Polícia Federal (PF) identificou uma nova vítima brasileira da quadrilha que realizou uma troca de etiquetas de bagagens em aeroportos visando o transporte de drogas para a Europa. O crime foi constatado quando uma mulher desembarcou em Paris, na França, em 3 de março, um dia depois de duas goianas terem sido presas na Alemanha pelo mesmo motivo.

De acordo com o delegado Bruno Gama, responsável pela investigação, a vítima embarcou em Goiás com destino a Paris, porém, a troca de etiquetas teria ocorrido durante uma escalada no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Apesar de a bagagem ter sido apreendida com drogas na França, a mulher não foi detida no exterior, pois dois suspeitos pelo crime foram identificados e presos.

O delegado explicou que a brasileira recebeu suas malas pessoais normalmente em Paris, mas dois integrantes da organização criminosa foram presos em flagrante com a mala que continha drogas. Ainda segundo o delegado, o crime teria ocorrido dentro do setor responsável pelo despacho de bagagens, em São Paulo.

A PF descobriu o caso a partir da análise das imagens das câmeras de segurança do Aeroporto de Guarulhos, durante a investigação do caso das brasileiras presas na Alemanha. Além disso, a PF também está investigando o caso de um brasileiro que embarcou de Guarulhos e foi preso em Lisboa, Portugal, com drogas na mala no final de março deste ano, porém ainda não há confirmação se ele foi vítima da mesma organização criminosa.

As duas brasileiras que foram presas na Alemanha, Jeanne Paolini e Kátyna Baía, continuam detidas no exterior. A polícia brasileira aponta evidências que comprovam que elas não têm envolvimento com o transporte ilegal, pois não correspondem ao padrão usual das chamadas "mulas do tráfico". A liberação das brasileiras depende ainda de um pedido formal do Itamaraty e do Ministério da Justiça brasileiros, que estão acompanhando o caso e tomando todas as medidas necessárias.

Em São Paulo, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária contra funcionários de empresas terceirizadas que atuam dentro do Aeroporto de Guarulhos para as companhias aéreas.

A tripulação GRU Airport, responsável pela administração do aeroporto, explicouu em nota que a tripulação das bagagens, desde o momento do check-in até a aeronave, é de responsabilidade das empresas aéreas e que se reúne com as autoridades policiais para discutir melhorias nos protocolos de segurança quando ocorre um incidente. A investigação continua em andamento e outras pessoas podem estar envolvidas na organização criminosa, conforme garantiau o delegado Gama.

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