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GO: Professor gay diz ter sido alvo de homofobia após defender atendente de lanchonete de racismo

Um vídeo que mostra o momento que um homem faz insultos homofóbicos contra um homossexual, em uma lanchonete da Subway, situada em Goiânia , tem circulado na internet. O fato ocorreu na madrugada do último domingo (4), na lanchonete situada no Setor Oeste.

Segundo a pessoa que filmou o ocorrido, a discussão foi gerada minutos antes, depois que o mesmo homem também disse palavras de cunho racista para uma atendente do estabelecimento e para ele próprio. Nenhum dos envolvidos disse conhecer o autor dos insultos.

A assessoria de imprensa do Subway, disse estar verificando o caso para emitir um posicionamento.

Nas imagens o homem aparece discutindo com o professor Jayme Marques, 31 anos, que lanchava no local. Em dado momento, ele diz ao homem: "Não vai ser racista aqui na minha frente não".

Já em outro vídeo, quando Jayme aparece sentado, o homem começa a ofendê-lo: "Viado, gay, homossexual, viado, bicha".

O professor afirmou para o G1 que quando o homem chegou, começou a conversar de forma "ríspida" com a atendente, que é negra. Quando ele estava sentado, narra, viu que o homem teve uma atitude racista.

"Ele falou alguma coisa assim: 'Você precisa de fazer seu serviço direito, talvez nascendo de novo, mais parecida com um meio-fio [geralmente é pintado de branco] você consiga", afirmou.

Logo em seguida, o professor diz que ele não precisava ofender a funcionária e que se não quisesse comer bastava ir embora. Neste instante, houve a discussão.

"Começou com ela, por ser uma mulher negra e depois se tornou um problema por eu ser gay. Ele queria descontar a raiva em alguém. A primeira pessoa foi a funcionária e depois foi a gente, que estava lá no espaço", pontua.

O rapaz classificou a atitude do homem como "infantil" e disse que pretende fazer um registro de ocorrência. A atendente informou que já registrou ocorrência sobre o caso na polícia.

As imagens foram gravadas pelo auxiliar de cobranças Antônio Gabriel Silva Alves, 23. O jovem que também é homossexual relata que estava lanchando no local com o namorado e um amigo, quando o homem começou a criticar o trabalho da atendente sem qualquer motivo e depois proferiu insultos racistas contra ela.

"Do nada, sem motivo nenhum, ele falou que ela tinha que nascer de novo igual a meio fio. A intenção dele com essa frase é que ela nascesse branca. Foi onde que ele começou a ter uma atitude racista e eu comecei a filmar. Foi quando o rapaz começou a defender ela", completou.

Ainda segundo Antônio Gabriel, quando o homem estava indo embora, o auxiliar teria sido chamado por ele de "preto favelado". Ele então foi até a porta e disse que o homem ainda jogou algumas pedras tentando acertá-lo, porém, não conseguindo. Ele afirmou que também pretender registrar uma queixa na polícia.

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