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Feirantes da Feira Hippie são contra a criação de estacionamento na Praça do trabalhador, em Goiânia

Após a revitalização da Praça do Trabalhador iniciada em junho de 2019, a ocupação do espaço deve ocorrer em agosto deste ano, onde a obra está prevista para terminar em julho, mas até então nada está definido de como será utilizado o espaço dá praça. 

A prefeitura de Goiânia publicou um decreto na última terça-feira (27), tendo a criação de um grupo de trabalho com representantes do Paço Municipal, do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Vereadores e Associações dos segmentos que atuam na região da 44 para discutir como será a alocação das feiras Hippie e da Madrugada. 

De início, o projeto propõe que as feiras ocupem o espaço nos horários e dias definidos, onde a Feira Hippie funcione aos sábados e domingos, a feira da Madrugada às quartas e quintas. Nos demais dias e períodos, o espaço serviria de estacionamento para veículos, que poderia ser privatizado ficando responsável a empresa vencedora, pela a manutenção da Praça do Trabalhador. 

Além dos dias, a quantidade de bancas na feira também deixaram os feirantes revoltados. Waldivino da Silva, presidente da Associação de Feirantes disse que o levantamento com mais de 5,7 mil feirantes foi feito de maneira correta e que até então, a última informação que ele teve é de que o local que foi revitalizado caberia 5,3 mil bancas. 

‘'Nossas bancas são de 2 metros por 1,75 metros, mas podemos mudar isso para caber todo mundo. No entanto, que é importante manter o funcionamento da feira de sexta a domingo no local, e não apenas nos fins de semana. Os ônibus vão embora na sexta às 15 horas, se não fizer isso a feira vai acabar’’, afirma o presidente.

A criação de um estacionamento para ocupar o espaço da praça seria uma maneira de diminuir os transtornos de tráfego na região da 44, lojistas da região apoiaram o projeto, pois não há opções para a parada de veículos particulares ali pelas proximidades.

De início, a previsão é de que fosse 1,7 mil vagas, mas com o projeto da Avenida Leste-Oeste, que tomou conta de uma parte da praça, o número de vagas projetadas até então é de 1005.

O presidente da Associação de Feirantes ainda acredita que o espaço deveria ser destinado para a realização de eventos durante os dias que não funcionam as feiras na capital. ‘' Precisamos do espaço de sexta a domingo e, conforme for o mercado, até quinta. Não teria dia para que ali seja prioridade para estacionamento’', diz Waldivino da Silva. 

Vera Santos, 43 anos, é feirante e tem sua banca de bolsas na feira hippie, de onde tira o sustento da família. Segundo ela, reduzir a quantidade de bancas no espaço é tirar a oportunidade de várias famílias se sustentarem, pois muitos tem como renda única a feira.

''Trabalho na Feira Hippie há muitos anos e toda vida tivemos nossos dias e horários definidos para trabalhar sem que ninguém ficasse sem seu espaço, sem sua banca. Tirar isso de muitas pessoas, será o mesmo que tirar o sustento de toda uma família'', disse a feirante.

Nada definido

O Secretário de Desenvolvimento e Economia Criativa, Paulo Henrique, reforça que não há nada definido para o local. '' Tudo está em aberto. Nada está definido, nem se vai ser estacionamento mesmo ou se vai ser outra coisa. O grupo criado é para decidir estas coisas. O prefeito Rogério Cruz é sensível ao diálogo e vamos sentar todos os interessados para um consenso e evitar desgastes'', afirma o secretário.

Ainda de acordo com Paulo Henrique, o número cadastros efetivados na Sedec é de cerca de 4 mil, o estabelecido pelo o projeto. As duas associações disputam a representatividade na Feira Hippie e tem posições opostas.

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