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O governo do estado de Minas Gerais anunciou a implementação de uma ferramenta considerada pioneira na estruturação de dados estatísticos sobre os índices de violência contra a população LGBTI mineira. A ação, faz parte do Observatório de Segurança Pública e foi idealizada pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (SEDESE) com suporte da Coordenadoria de Políticas LGBTI+.
A ferramenta foi batizada de “Painel LGBTI+fobia” e tem como missão proporcionar subsídio às decisões do governo para proposição e efetivação de políticas públicas. Dar transparência aos dados produzidos referentes à temática em tela, é também uma das metas traçadas pela gestão governamental do estado de Minas, tendo em vista que o Brasil ainda figura como o país em que mais se mata pessoas LGBTI em todo o mundo, com recorte especial da população trans e travesti.
De acordo com a Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Juliana Paradela, o painel tem como ponto de partida, a causa presumida do evento.
“Esse painel parte da causa presumida do evento, ele não parte de um tipo criminal específico, ele não é um painel que só tem homicídios, só tem injúria ou algo assim, ele filtra todos os eventos de segurança pública que são motivados por LGBTIfobia” pontuou Juliana Paradela
Com base nos registros feitos pelos boletins de ocorrência (BO), a plataforma fará o filtro dos dados, disponibilizando um panorama amplo e com base científica das violações de direitos e dos crimes cometidas contra pessoas LGBTI+. Informações como motivo presumido do fato, perfil das vítimas, (orientação sexual, identidade de gênero, idade), localidade, perfil dos autores e demais detalhes da ocorrência serão aglutinados no referido painel.
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Para a Coordenadora Estadual de Promoção dos Direitos LGBTI+, Walkíria La Roche, a adoção da nova ferramenta promoverá impacto positivo e direto na vivência de pessoas LGBTI+ mineira.
“Nós sabemos hoje com essa maquina virtual 24 horas, onde os fatos acontecem, qual seguimento é o mais aviltado, vilipendiado, humilhado ou morto, e sabemos também como prosseguir ali com as nossas campanhas de prevenção dos crimes e para promoção da cidadania e direitos humanos dessa população” finalizou Walkiria La Roche
Os dados serão disponibilizados a toda população por meio do site da SEJUSP.
