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CORONAVÍRUS

Brasileiros vacinados em Israel: Contam a experiência

Em Israel no período de 12 dias, 1 milhão de pessoas do grupo prioritário já tinham tomado a primeira dose da vacina no país. Até a última sexta-feira (5), cerca de um mês e meio depois do início da imunização, o governo de Israel informou que já tinha imunizado totalmente, com duas doses, quase um quarto de seus cerca de 9 milhões de habitantes.

Enquanto outros países da Europa estão com um ritmo lento na vacinação, em Israel avança nessa questão de forma importante. Até agora o país já vacinou, com pelo menos a primeira dose, mais de 3,8 milhões de seus 9 milhões de habitantes. A expectativa é que todo o processo de imunização seja concluído até junho.

A médica paulista Adriana del Giglio, 32 anos diz que pensou duas vezes antes de comemorar sua vacina ou compartilhar fotos do momento, visto que a maior parte da família e dos amigos (no Brasil) ainda não têm previsão de receber a vacina contra a covid-19. O que a motivou, ela diz, é a necessidade de conscientização de que a vacina “não é questão de direita ou esquerda, mas de saúde pública”. “É um privilégio muito grande (ter sido imunizada).

Paraense é o primeiro brasileiro a receber vacina contra Covid-19 em Israel Foto/Reprodução - Correio

O paraense Elias Jacob Serruya foi o primeiro brasileiro a receber uma das duas doses da vacina contra a Covid-19 em Israel, no oriente médio, e desde então Israel está no topo do ranking dos países que mais vacinaram.

Hoje foi um dia muito feliz, fui tomar a vacina contra o coronavírus. Graças a Deus tomei a primeira dose hoje. Estou me sentindo maravilhosamente bem e feliz“, diz Serruya.

A epidemiologista israelense Ronit Calderon-Margalit, especialista em saúde pública, relata que uma das razões para essa agilidade toda é o fato de o país ter um sistema nacional e digitalizado de saúde, em que todo cidadão é obrigado a se inscrever em um dos quatro provedores de serviços de saúde disponíveis —uma espécie de convênio obrigatório, pago nos impostos.

"Isso ajuda muito a rastrear as pessoas", diz Ronit.

Quando as vacinas foram aprovadas em Israel, a população já estava preparada e já tinham à disposição aplicativos e números de telefone para agendar a primeira dose.

Juliana Ajbeszyc já recebeu as duas doses contra a covid-19 — Foto:/Reprodução Juliana Ajbeszyc via BBC

A paulistana Juliana Ajbeszyc , 18 anos, tomou na sexta-feira (05/03) a segunda dose da vacina contra a covid-19, e ainda prepara-se para ingressar no serviço militar obrigatório israelense, Juliana e sua família, de origem judaica, se mudaram há quase meia década para Israel, país com a maior taxa de vacinação do mundo.

"Foi um processo muito simples. Fiz o agendamento pelo aplicativo e não demorou nada", diz ela, que mora em Ra'anana, cidade a cerca de 20 quilômetros de Tel Aviv e considerada "a capital" dos brasileiros que vivem em Israel — são mais de 300 famílias na localidade.

A gaúcha Aline Szewkies, guia de turismo e youtuber do canal 'Israel com a Aline', com 280 mil seguidores, diz "A ideia é que todo mundo que já tomou as duas doses ou teve o coronavírus vai poder circular em vários espaços que estavam fechados".

"A vacinação aqui não é obrigatória, ou seja, isso é um incentivo para as pessoas se vacinarem", acrescenta.

De acordo com dados da plataforma Our World in Data, da Universidade de Oxford (Reino Unido), Israel tem hoje a maior taxa de vacinação do mundo, com 98,85 doses administradas por cada 100 habitantes. A população do país é de cerca de 9 milhões de pessoas. Praticamente todos os idosos já tomaram pelo menos uma dose da vacina.

Uma semana depois de tomar a segunda dose, os vacinados em Israel recebem o chamado 'passaporte verde', um documento eletrônico que permite acesso a restaurantes, academias de ginástica, teatros, cinemas e outros estabelecimentos — recentemente, o país deu início a uma reabertura gradual após o terceiro confinamento.

*Com informações do G1, ISTOÈ e Uol.

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