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COTIDIANO

Em 19 anos, 209.195 escolas rurais foram fechadas, no Brasil

  •  Educadora condena extinção de escolas rurais e educação tradicional enciclopédica, distante da vida, excludente, punitiva, classificatória e hierarquizante
  • Doutora diz que Banco Mundial mostra que jovens de 15 a 25 anos, de lares afetados por quedas nos rendimentos, são mais propensos a abandonar estudos
  • Pesquisadora afirma que de cada 100 alunos, que ingressaram na 1ª série do ensino, 50% evadiram-se das escolas e não concluíram a sua educação básica
  • Jaqueline Cunha insiste que a corrupção na merenda escolar deveria ser vista como um crime hediondo e inafiançável, com penas altíssimas de prisão

As escolas rurais, em Goiás e no Brasil, viraram peças de museus, afirma a pedagoga Jaqueline Cunha. Graduada na PUC [Goiás], com mestrado e doutorado em Portugal e autora do livro Entre o sonho e esperança: A escola ativa no Brasil. Em 19 anos, 209.195 esco­las rurais foram fechadas, no Brasil, denuncia. Goiás baixou as portas de 2.214 unidades educacionais, 82% em relação a 1997, relata. Da­dos oficiais, aponta a pesquisadora.

O congelamento dos gastos pú­blicos por 20 anos afetará a Educa­ção e agravará a precarização dos serviços na área, avalia indignada. Ela observa os números apresenta­dos pelo IBGE, em 2018: 11 milhões de analfabetos adultos. Índices de analfabetismo nunca são reais, ana­lisa. As pessoas analfabetas sentem­-se envergonhadas de confessarem sua condição, sublinha. De excluí­das do mundo das letras, faz um diagnóstico mais preciso.

INTOLERÂNCIA

Jaqueline Cunha observa que o buylling seria o reflexo de desajus­tes familiares. Mais: do estímulo à competição. Assim como da into­lerância e do preconceito, insiste. Além do desrespeito às diferenças de ideias, crenças, opções e carac­terísticas humanas, destaca a pro­fessora da Rede Pública de Ensino. Crítica, lamenta ainda que a esco­la mantém-se, hoje, com as mes­mas concepções arcaicas, conteu­distas, fechada dentro de muros. Do passado.

- Dividindo os conhecimentos da humanidade em disciplinas rígidas, em tempos estanques e distantes da vida. Existem experiências concre­tas que mostram que é pos­sível mudar.

Qual é o Raio X das escolas rurais, no Brasil, hoje?

Jacqueline Cunha – O agronegó­cio e a agropecuária seriam, hoje, os responsáveis pela balança co­mercial positiva do Brasil. Ape­sar disso, a população brasileira tem abandonado o mundo rural. Na década de 40, 80% da popula­ção vivia na zona rural. No ano de 2010, último censo do IBGE, ha­via apenas 15%. Motivos: políticas de expulsão do pequeno agricul­tor do mundo rural, concentra­ção fundiária. A educação, que não é um campo neutro, é bru­talmente atingida. As invisíveis pequenas escolas rurais, que fo­ram sempre relegadas ao aban­dono e à precariedade, historica­mente, têm sofrido um contínuo processo de extinção. No ano de 1996 existiam 273.899 escolas ru­rais. Já em 2015 esse número ha­via reduzido para 64.704 escolas rurais. Dados do Instituto Nacio­nal de Pesquisas INEP. Registro: em 19 anos, 209.195 escolas rurais foram fechadas. O que correspon­de a 76% das escolas que existiam em 1996, no Brasil. O último cen­so escolar demonstrou que no ano de 2017 existiam 60.694, em dois anos foram fechadas 4.010 esco­las rurais. O processo de extinção continua o seu curso. O que obri­ga mais de 4,5 milhões de crian­ças e adolescentes, todos os dias, a colocarem em risco a sua inte­gridade física e mental, duran­te horas, trafegando por estradas esburacadas, empoeiradas, enla­meadas, abrindo e fechando por­teiras. Quando fecham uma pe­quenina escola, condenam a extinção as peque­nas comunidades rurais.

O que dizer do cenário, em Goiás?

J a c ­queline Cunha – Dados do Instituto Mauro Borges – IMB- , apontam que na década de 50, o Estado de Goiás possuía um total de 1.215 mil habitantes, 246 mil pessoas viviam na zona urbana e 969 mil na zona rural. Em tem­po: 80% da população goiana re­sidiam na zona rural. Em 2014 existiam cerca de 6.036 milhões de pessoas vivendo na zona urbana e 508 mil na zona rural. A popu­lação tornou-se urbana. Apenas 7,76% dos goianos vivem na zona rural. Os dados do INEP apontam que, no ano de 1997, existiam em Goiás 2.674 escolas rurais, que ofe­reciam as quatro primeiras sé­ries do ensino fundamental loca­lizadas na zona rural. No ano de 2017, esse número havia reduzi­do para 460 escolas rurais. Assim, nos últimos 20 anos foram fecha­das 2.214 escolas. 82% das esco­las rurais que existiam em 1997.

O IBGE diagnosticou 11 milhões de analfabetos no Brasil. O que produziu essa estatística?

Jacqueline Cunha – O analfa­betismo é “uma chaga”. “Uma erva daninha a ser combatida”. Para combatê-la, historicamente, fo­ram criados programas como, por exemplo, o MOBRAL. Mas como já dizia Paulo Freire na sua obra “Ação cultural pela liberdade”, o analfabetismo é visto implicita­mente também, “como a manifes­tação da ‘incapacidade’ do povo, de sua ‘pouca inteligência’, de sua ‘proverbial preguiça’”. Os índices de analfabetismo nunca são reais, pois as pessoas ‘analfabetas’ sen­tem-se envergonhadas de confes­sarem a sua condição de excluídos do mundo das letras, como se não fossem vítimas e sim culpados de sua exclusão, fruto do que Paulo Freire chamava de autodesvalia. O analfabetismo e o analfabetismo funcional [lê mas não compreen­de] são o resultado das desigual­dades sociais, de políticas educa­cionais equivocadas, como a da extinção das escolas rurais e da educação tradicional en­ciclopédica, distante da vida, excludente, pu­nitiva, classificató­ria e hierarquizante

Quais os números da evasão escolar na zona rural e nas áreas urbanas?

Jacqueline Cunha – A evasãono âm­bito educacional é o efeito mais per­verso do fracasso escolar. Trata-se do abandono definitivo da escola. É a destruição de seus sonhos, de sua visão de futuro e de suas pers­pectivas de ascensão social. Em 2017, o INEP divulgou um estudo sobre o fluxo escolar, o qual con­cluiu que, entre os anos de 2014 e 2015, 12,9% dos alunos matricu­lados na 1ª série, do ensino médio, abandonaram definitivamente a escola. De cada 100 alunos, que ingressaram na primeira série do ensino, mais de 50% foram gra­dativamente evadindo da esco­la e não concluíram a educação básica. Os índices de evasão agra­vam-se nas escolas rurais. Os da­dos da extinção das escolas rurais apontam que os índices do INEP são apenas a ponta do iceberg.

Qual o impacto da crise econômica–PIB negativo, desemprego de 27,7 milhões, salário mínimo sem aumento real, inflação, juros altos e elevada desigualdade social–na Educação, no Brasil, hoje?

Jacqueline Cunha – Estudos realizados pelo Banco Mundial, com dados coletados de 2005 a 2015, indicam que jovens de 15 a 25 anos vivendo em lares afeta­dos por quedas nos rendimentos são mais propensos a abandonar definitivamente os estudos. Os ín­dices de evasão aumentam pro­gressivamente quando os alunos atingem a maioridade. Os pontos mais críticos de evasão escolar fo­ram identificados na passagem para a maioridade e, mais tar­de, aos 24 anos. Entre os jovens de 18 e 24 anos que sofreram re­dução na renda familiar, o índi­ce de evasão é de 40%.

O que a senhora pensa sobre a Reforma do Ensino Médio?

Jacqueline Cunha – Enquanto o mundo evoluiu, as informa­ções navegam em on­das e estão disponí­veis na palma da mão, a escola mantem-se comomes­moforma­to e concepções da era medieval. Desconectada da vida. É preciso fazer uma revolução em todas as etapas da educação. Não apenas no ensino médio. As reformas edu­cacionais devem ser analisadas em trêscontextosbásicos: dainfluência política, da construção dos textos e da prática. A reforma do ensino médio ainda não atingiu o con­texto da prática. Lembre-se que, neste ano, haverá eleições e que, infelizmente, cada novo governo desqualifica as políticas defendi­das por seus antecessores. Alguns chegam a fazer a mesma políti­ca, apenas mudando os nomes, para dar a impressão que estão fazendo coisas novas e melhores do que o seu predecessor. As refor­mas educacionais somente surti­rão efeitos se deixarem de ser po­líticas de governo e tornarem-se políticas de Estado.

Qual a ideia central de sua dissertação de mestrado?

Jacqueline Cunha – Analisei uma política pública educacio­nal que foi executada por 15 anos nas escolas multisseriadas. De pri­meira fase do ensino fundamen­tal. Localizadas na zona rural das regiões Norte, Nordeste e Centro­-Oeste do Brasil.

O que é a sua tese de Doutorado?

Jacqueline Cunha – Aprofundei as pesquisas, iniciadas na minha dissertação de mestrado, analisan­do essa política pública educacio­nal, denominada Programa Esco­la Ativa, nos três contextos básicos, propostos pela metodologia da “Abordagem do ciclo de políticas”, desenvolvido pelo inglês Stephen Ball e colaboradores. No contex­to da influência, analisei os dis­cursos internacionais, nacionais e locais que influenciaram os pro­cessos de implantação, execução e extinção dessa política pública educacional. Inicialmente ana­lisei os discursos das entidades internacionais, com o intuito de identificar as teorias e compreen­der as forças, os jogos de interes­ses, as motivações e as justificati­vas que levaram o Banco Mundial e as agências vinculadas a Unes­co, como o Pnud e o Unicef, a in­fluenciarem, financiarem, viabi­lizarem e apoiarem o processo de tradução, implantação e execu­ção do Modelo Escuela Nueva em diversos países, entre eles, o Pro­grama Escola Ativa no Brasil. No contexto nacional, entrevistei o Di­retor Geral do Fundescola, entre os anos de 1997 e 2002, e a dire­tora da Fundação Escola Nova, procurando identificar os valo­res, as forças, os acontecimentos e as decisões que influenciaram da tradução, implantação e im­plementação do Programa Escola Ativa no Brasil. Entrevistei tam­bém no contexto nacional, o Di­retor de Políticas de Educação do Campo, Indígena e para as Rela­ções Étnico-Raciais, do Ministé­rio da Educação, com o intuito de analisar os acontecimentos e os interesses pessoais, ideológicos e de grupos políticos que envolve­ram e culminaram no processo de extinção do Programa Escola Ativa. No contexto local, procurei identificar as influências que os discursos dos representantes das instituições internacionais e dos dirigentes nacionais exerceram so­bre os discursos e as decisões dos dirigentes das administrações lo­cais. Assim, optei por analisar os discursos dos dirigentes de qua­tro municípios, onde realizei o trabalho de investigação, para a elaboração da dissertação de mestrado, no ano de 2011: Alexânia, Abadiânia, Pirenó­polis e Teresópolis. No contex­to da produção dos textos do Programa Escola Ativa, anali­sei as leis que influenciaram ou normatizaram a educação ru­ral brasileira como: a Constitui­ção de 1824; a Lei Geral de Ensi­no de 1827; a Lei n.º 5.692, de 11 de agosto de 1971 Lei de Dire­trizes e Bases da Educação Na­cional (LDB); e a Lei n.º 9.424/96, de 24 de dezembro de 1996, a Lei de Diretrizes de Bases Nacional (LDB), Lei n.º 9.394/96; a Resolu­ção n.º 1, de 2002 e a Resolução n.º 2, de 2008 do Conselho Nacio­nal de Educação. No contexto da produção de textos do processo de extinção do Programa Escola Ati­va realizei a análise dos seguin­tes documentos: Nota Técnica n.º 002 da CGEC/Secadi/MEC, de 31 de janeiro de 2012; Nota Técni­ca n.º 093 da CGEC/Secadi/MEC, de 25 de outubro de 2012; e o Re­latório de encerramento das ati­vidades desenvolvidas pelo Pro­grama Escola Ativa, da Secretaria de Estado da Educação de Goiás. No contexto da prática entrevis­tei, no ano de 2014, a Secretária de Estado da Educação de Goiás, as coordenadoras das escolas ru­rais e seis professoras das escolas rurais multisseriadas, dos qua­tro municípios selecionados para amostragem da pesquisa.

Qual é o eixo da narrativa de seu livro?

Jacqueline Cunha – ‘Entre o sonho e esperança: A escola ativa no Brasil’ é fruto da minha tese de doutorado. Com o enfoque me­nos acadêmico. Mais pedagógi­co. As implicações econômicas e sociais sobre a escola no contex­to rural. O processo da extinção das escolas rurais. Os proble­mas do transporte esco­lar. O calvário que as crianças tem que enfrentar todos os dias para chegar na escola. O papel das pequeninas escolas ru­rais multisseriadas para o sentido de terrafilia e o desenvolvimen­to local. Abordo as concepções fi­losóficas, sociológicas, histórica e pedagógica da escola ativa e pai­-do-cêntrica [centrada no aluno].

Qual a sua receita para uma revolução na Educação Pública, nas zonas rural e urbana, no Brasil?

Jacqueline Cunha – A revolu­ção na educação pública, tanto na escola da zona rural quanto urbanas, é primeiramente social. Embora o mundo tenha mudado, a escola mantém-se com as mes­mas concepções arcaicas, conteu­distas, fechada dentro de muros, dividindo os conhecimentos da humanidade em disciplinas rí­gidas, em tempos estanques e dis­tante da vida. Existem experiên­cias concretas de que é possível mudar. Mas temos outros exem­plos como: nas escolas do Mo­delo Escola Nova na Colômbia, no Movi­mento da Escola Moderna em Portugal e nas esco­las dos je­suítas da Espanha. A Finlândia é apontada pela OCDE a entida­de que aplica o Pisa como “um dos líderes mundiais em perfor­mance acadêmica”, fez uma re­volução, colocando em prática as concepçõesquejáeramdefendidas no início do século passado pelos escolanovistas: usar mais proje­tos nas aulas; enfase na autono­mia dos alunos na produção dos alunos, induzindo que eles faça pesquisas e explorem os assuntos antes da aula; a avaliação deixa de ser somativa e passa a ser for­mativa; as salas de aula deixa­ram de ter o formato tradicional e frontal, para ensinar a muitos como se fossem apenas um; for­talecer o vínculo da escola com a vida real e o mercado de traba­lho; foco para o desenvolvimen­to dos pilares da educação para o século XI, definidos pela UNES­CO: apender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser; formação práti­ca e valorização dos professores.

O congelamento dos gastos públicos por 20 anos afeta a Educação?

Jacqueline Cunha – Sem dúvida alguma! Isso significa o agrava­mento da precarização de todos os serviços públicos. Essa deci­são tem um efeito cascata em to­das as esferas governamentais. A educação que sempre foi pe­nalizada sofreria brutalmente se tal decisão governamental pre­valecesse, significa que uma ge­ração inteira sofrendo os efeitos perversos decorrentes de uma de­cisão tão estapafúrdia. Daqui a 20 anos, boa parte dos que vo­taram nem estarão mais vivos, para assistir o resultado lamen­tável de seus atos. Nesse perío­do, passarão cinco governos que ficarão completamente enges­sados, caso mantenham as de­terminações da PEC 241/16. Fe­lizmente, teremos eleições nesse ano e, tenho esperança, que esse despautério será revisto pelos novos governantes.

O que dizer de escândalos na Educação, como o da Máfia da Merenda, em São Paulo?

Jacqueline Cunha – De acordo com o Global Fraud Survey, estu­do publicado a cada dois anos pela empresa de auditoria Ernst & Young (EY), o país já ocupava o primeiro posto na edição ante­rior, de 2016. Em 2014, estava no oitavo lugar. A corrupção é, real­mente, uma chaga a ser combati­da. Um assassino mata uma pes­soa, um assassino em série mata algumas pessoas, mas os efeitos da corrupção podem matar mi­lhões de pessoas. Como uma pes­soa pode ser capaz de roubar a comida de crianças pobres? A cor­rupção na merenda escolar de­veria ser vista como um crime hediondo e inafiançável, com penas altíssimas. Acompanho muitas escolas de periferia e sei que a única alimentação de mui­tos alunos é a merenda escolar. Corta-me o coração ao ver que algumas crianças chegam à es­cola verdadeiramente famintas.

Buylling na escola: como combatê-lo?

Jacqueline Cunha – O Buyl­ling é o reflexo de diversos fatores sociais como os desajustes fami­liares, a competição, a intolerân­cia, o preconceito e o desrespeito às diferenças de ideias, crenças, opções e características huma­nas. Existem diversas técnicas para combatê-lo. Todas elas en­volvem muito diálogo, como a assembleia estudantil, na qual os alunos expõem os problemas e buscam sanar os seus con­flitos. As escolas do Movi­mento da Escola Moderna de Portugal fazem assem­bleia toda semana, para discuti­rem os problemas, os avanços e evitar com que os conflitos, na­turais das relações humanas, to­mem proporções maiores e trans­formem-se em Buylling.

Violência nas escolas, como nos EUA: existem alternativas e saídas?

Jacqueline Cunha – A violên­cia nas escolas, como nos EUA, tem um forte fator psicológico, pois normalmente são psicopa­tas em tratamento ou não iden­tificados. Mas infelizmente, vi­vemos numa sociedade doente, assistimos todos os dias nos no­ticiários, nos filmes, nas novelas, nos jornais, nas ruas e nos lares, a disseminação da violência e a banalização da vida.

O que há de atual em Paulo Freire?

Jacqueline Cunha – Paulo Frei­re fez uma releitura nas con­cepções de educação defendidas pelo Movimento Escola Nova e pelos Pioneiros da Educação Brasileira como Anísio Teixei­ra, na luta contra a escola tradi­cional bancária, a qual acredi­ta que quanto mais se deposita conteúdo, mais se tem. No final de cada período rígido o aluno é avaliado, não para identifi­car as deficiências na aprendi­zagem e retomar os conteúdos não compreendidos, mas ape­nas para averiguar o saldo do acumulado, punir, classificar e excluir. Paulo Freire defendeu que a escola deveria ser dialó­gica e vincular-se à vida, indu­zindo os alunos a serem autô­nomos, responsáveis, reflexivos, solidários e éticos. Ele é o autor mais lido no mundo na área da educação. Na Europa, dificil­mente, há uma dissertação de mestrado ou tese de doutorado, nas áreas sociais e humanas, que não cite o nosso Patrono da Educação Brasileira. No entan­to, infelizmente, as suas ideias de Paulo Freire não consegui­ram entrar nas escolas, mudar as práticas dos professores, in­fluenciar os decisores das po­líticas públicas educacionais e fazer a revolução necessária na educação do Brasil.

  Crianças chegam às escolas públicas famintas. A sua única alimentação é a merenda escolar. Corta-me o coração Jaqueline Cunha   O congelamento dos gastos públicos por 20 anos afetará a Educação e agravará a precarização dos serviços na área Jaqueline Cunha


PERFIL

Nome completo: Jacqueline Cunha

Formação: Doutorado em Educação e Mestrado em Ciências, pela Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Especialista em Métodos e Técnicas de Ensino; Planejamento Educacional e Educação, Desenvolvimento e Políticas Educativas. Graduada em Pedagogia pela PUC–Goiás.

Idade: 53

Cargos que ocupa: Professora da rede estadual de Goiás e da rede municipal de Goiânia. Investigadora do Centro de Estudos Interdisciplinares em Educação e Desenvolvimento – CeiEd – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologia – Portugal.

Pais: Wilna de Jesus Coelho Cunha e Euclides Leão Cunha

Irmãos: Marília Coelho Cunha, Leandro Bezerra Cunha, Leonardo Bezerra Cunha e o do coração Elvis Nogueira de Sá.

Livros lançados: Entre o sonho e a esperança: A escola ativa no Brasil.

Intelectuais que fazem a sua cabeça: Abílio Amiguinho, Adolf Ferrière, António Teodoro, António Nóvoa Boaventura Santos, Mia Couto, Moacir Gadotti, Pierre Bourdieu, Jean Piaget, John Dewey, José Eustáquio Romão, Michel Foucault, Paulo Freire, Rubem Alves, Rui Canário, Stephen Ball, Vygotsky.

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