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105 mil vagas de emprego até o fim de ano

Os setores varejistas e de serviços já estão de olho nas comemorações de fim de ano. E já se preparam para o principal período de vendas com a contratação de pessoal. O avanço da vacinação, o pleno funcionamento do comércio e a retomada dos serviços trazem esperança para empresários e desempregados, que sonham com uma oportunidade de trabalho. Goiânia tende a participar com 10% desse contingente. Tanto nos shoppings tradicionais quanto no comércio da Rua 44 com o aumento das vendas e da demanda de várias regiões do Brasil, sobretudo do Norte.

Uma pesquisa realizada em todas as regiões brasileiras pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito, em parceria com o Sebrae, estima que aproximadamente 105 mil vagas serão abertas até dezembro, número próximo ao de 2019, período pré-pandemia.

De acordo com o levantamento, 69% dos empresários que pretendem contratar funcionários afirmam querer suprir a demanda que normalmente aumenta nesse período, uma redução de 19 pontos percentuais em relação a 2019, enquanto 14% preferem investir na qualidade dos serviços.

“Antecipar-se às comemorações com novas contratações é um sinal de confiança na retomada das vendas, uma vez que após o auge da pandemia inúmeras empresas tiveram que dispensar seus colaboradores para reduzir seus custos'', analisa o presidente da CNDL, José César da Costa. “Apesar de cauteloso, o empresário sabe que o final do ano é sempre um momento de aumento nas vendas e as empresas precisam estar preparadas para essa demanda”, afirma José César. Embora não disponha de números, Geovar Pereira, presidente da CDL Goiânia, entende que com a vacinação em massa do público, a tendência é de aumento nas vendas e contratação de novos empregados. De acordo com os empresários que não pretendem contratar, os principais motivos são: não acreditam que haverá um aumento significativo da demanda que justifique as contratações (40%); não possuem verba para contratações (25%); os encargos trabalhistas são muito altos (15%); e estão inseguros pelo histórico de vendas deste ano não ter sido bom, inclusive nas datas comemorativas (13%). Comparando com a pesquisa realizada em 2019, o estudo registrou que houve aumento de 12 pontos percentuais das empresas que não possuem verba para contratações. “O setor ainda se recupera de uma crise sanitária que impediu o funcionamento de lojas e trouxe forte impacto nas vendas. Apesar da recuperação do setor vista no primeiro semestre do ano, o empresário ainda está endividado, inseguro e cauteloso”, destaca Costa. Contratações temporárias Considerando os empresários que já contrataram ou irão contratar funcionários para o fim do ano, a pesquisa mostra que pouco mais da metade (52%) pretende contratar mão de obra temporária, percentual que é igual ao de 2019 (52%). A inclinação para contratações por tempo determinado é significativamente maior entre os empresários do comércio varejista (63%) do que do setor de serviços (41%). A maior parte dos empresários que recorrerão a contratações temporárias (60%) não pretende contratar mais do que um ou dois funcionários para as vendas de fim de anos, sendo a minoria (15%) os que planejam empregar três ou mais funcionários. A média de contratações por empresa será de dois colaboradores e o tempo médio de contratação de três meses. Considerando a forma da contratação, 57% abrirão vagas informais, 47% registrados em carteira de trabalho e 18% recorrerão à mão de obra terceirizada. Em média, o número total de profissionais temporários será de dois colaboradores.

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