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116 pessoas foram resgatadas por trabalharem em condições análogas à escravidão

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), realizou uma operação de resgate de 116 pessoas que trabalhavam em condições análogas à escravidão, em Água Limpa de Goiás, cerca de 300 quilômetros de Goiânia na última quarta-feira (21).

Os trabalhadores que foram resgatados, estavam recolhendo palha de milho para a confecção de cigarros, conhecidos como palheiros. A empresa pagava apenas R$: 5 por quilo de palha coletada e ainda era descontado o valor dos equipamentos de trabalho que eram usados.

Os alojamentos dos trabalhadores eram superlotados, não havia produtos e higiene e serviam pouca quantidade de alimentos. Dentre todos os adultos, cinco eram crianças e adolescentes.

“Muitos trabalhadores relataram trabalhar com fome e temendo ter um mal súbito”, relatou o auditor-fiscal do trabalho Marcelo Campos.

Na empresa não havia medidas de segurança para combater a covid-19 e muitos trabalhadores tinham sintomas de gripe. Alguns tinham lesões nas articulações, por causa dos movimentos repetitivos.

Segundo o MTE, essas pessoas eram aliciadas em São Paulo, Minas Gerais, Maranhão e Piauí.

Punição

A empresa que era responsável pela coleta de palha e a fazenda foram notificadas para poder alojar os trabalhadores em locais dignos até as verbas salariais e rescisórias serem pagas. Além disso, a empresa irá pagar uma quantia de quase R$: 903 mil de direitos trabalhistas atrasados.

E os trabalhadores resgatados irão receber seguro-desemprego de três parcelas de um salário mínimo cada. E eles terão seu estado de saúde analisados.

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