Dupla é investigada por fraudar pagamento de processos de autoescolas no Detran-GO

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A Polícia Civil investiga a ação de dois homens suspeitos de fraudar o pagamento de 600 processos de cadastramento e recadastramento de autoescolas no Departamento Nacional de Trânsito (Detran), em Goiás. Segundo a corporação, as investigações começaram há cerca de três meses, após o Detran identificar um possível esquema de fraude e há indícios de que a dupla tenha agido durante seis meses, entre 2016 e 2017.

A delegada responsável pelo caso, Mayana Rezende, explicou que a dupla anexava cópias de comprovantes bancários de débitos já quitados junto aos documentos acreditando que não haveria nenhuma conferência por parte do órgão de trânsito. A estimativa é de que o prejuízo chegue a R$ 100 mil. Ela salientou que José Wanderson dos Anjos, de 32 anos, fazia esse tipo de serviço em um escritório, cujo proprietário foi identificado como Divino Alves da Silva, de 63 anos.

No local, após os homens constatarem que não havia comunicação entre o sistema bancário e do Detran, eles recebiam diretamente o dinheiro dos Centros de Formação de Condutores (CFC), montavam os processos e anexavam cópias dos comprovantes de pagamento de outros processos acreditando que os papeis nunca seriam verificados, porém, após uma conferência realizada pelo Detran, a fraude foi descoberta e o órgão procurou a delegacia.

A polícia informou que os CFCs que contratavam a empresa não tinham conhecimento sobre o esquema. Foi apurado que os suspeitos recebiam o valor de R$ 160, referente a uma taxa cobrada pela empresa. Esse valor era divido entre os dois.

Prisões

José Wanderson foi preso na terça-feira, 26, em Goiânia e Divino Alves já estava preso desde o dia 14 de setembro em Brasília, por outras fraudes. Agora, a polícia também vai pedir um mandado de prisão contra ele pelo golpe aplicado ao Detran-GO. Os envolvidos devem responder por estelionato.

Através de nota, o Detran informou que o esquema foi identificado pelo próprio órgão e que exigirá o pagamento das taxas não quitadas. O texto ressalta que caso os CFCs não efetuem os pagamentos, podem ser descredenciados.