MPF apura denúncia de tortura contra soldados em unidade do Exército
Redação DM
Publicado em 19 de outubro de 2017 às 12:18 | Atualizado há 8 anos
O Ministério Público Federal (MPF/GO) instaurou um inquérito para apurar a denúncia de tortura, maus-tratos e assédio moral contra soldados do Exército lotados no 41º Batalhão de Infantaria Motorizada, em Jataí. De acordo com a denúncia, pelo menos quatro soldados foram vítimas desses crimes praticados por superiores.
Em um vídeo, um soldado do Exército estaria sendo obrigado a deitar no chão. Nas imagens, um homem apontado como um superior desfere chutes, pisa na cabeça e ainda joga terra por cima da cabeça da vítima. O motivo das agressões seria porque o militar possuía razões políticas e ideológicas diferente de seus superiores.
De acordo com o MPF, logo na primeira semana de atividades, os soldados foram convocados a se identificar, caso se considerassem “petistas ou defensores dos direitos humanos”. Aqueles que o fizeram, passaram a ser alvo de uma série de perseguições por parte de seus superiores hierárquicos, que estariam submetendo-os à prática de assédio moral, racismo e, até mesmo, de tortura.
Em nota, a assessoria do Exército informou que será instaurado um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar a denúncia. Ainda de acordo com o texto, os militares envolvidos foram presos por 72 horas. Além disso, as vítimas foram transferidas internamanete com o objetivo de evitar qualquer tipo de contato com os superiores denunciados.
No texto divulgado ao G1, o exercito ressaltou ainda que “Força Terrestre tem, como um de seus valores, o respeito ao indivíduo e à dignidade da pessoa humana, em todas as situações, bem como, empenha-se, rigorosamente, para que eventuais desvios de conduta sejam corrigidos dentro dos limites da lei.”
(Foto ilustrativa: comando militar do sul)