Cotidiano

Conheça MC Poze do Rodo, funkeiro preso por suposto envolvimento com o tráfico

DM Online

Publicado em 29 de maio de 2025 às 15:30 | Atualizado há 20 horas

O cantor Marlon Brendon Coelho Couto, conhecido como MC Poze do Rodo, foi preso nesta quinta-feira (29) em sua casa, em um condomínio de luxo na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele é investigado por envolvimento com tráfico de drogas e por apologia do crime pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes, a DRE.
O advogado de Poze, Fernando Henrique Cardoso, afirmou que “essa é uma narrativa antiga e já debatida” e que irá entrar com pedido de liberdade.
Poze ganhou notoriedade no cenário do funk carioca, no fim dos anos 2010. Entre as músicas mais conhecidas do MC, estão “Diz Aí Qual É o Plano?”, “Me Sinto Abençoado”, “Madrugada É Solidão”, “A Cara do Crime” e “Essência de Cria”.
Muitas de suas letras tratam de vivências cotidianas do Rio de Janeiro, como frequentar bailes funk ou ir a um jogo no Maracan㠖ao programa Profissão Repórter, ele afirmou que seus versos são um reflexo da vida que vivia.
Hoje em dia, ele tem mais de 15 milhões de seguidores no Instagram, onde ele posta seu dia a dia, repleto de viagens de luxo e amigos famosos, como Neymar, ao lado de sua família –Poze é casado com a influenciadora Vivi Noronha e pai de cinco filhos.
O cantor já se apresentou duas vezes no Rock in Rio, principal festival de música do Rio de Janeiro. Também é conhecido por ser um torcedor fanático do Flamengo, time para o qual fez várias canções. Já se apresentou, inclusive, em um evento no Maracanã.
Em 2022, ele lançou seu primeiro álbum de estúdio, “O Sábio”, com canções feitas em colaboração com artistas como MC Cabelinho, Orochi, Oruam e João Gomes.
Mais recentemente, Poze, que é expoente do funk em 150 BPM, começou a incorporar elementos do gênero trap em suas músicas. “Vida Louca”, “Lobo” e “Assault (Rio)” marcaram a transição orgânica do cantor para o estilo, que cada vez mais ganha sucesso no Rio de Janeiro.
PROBLEMAS COM A JUSTIÇA
Na investigação atual, Poze é acusado de associação com o Comando Vermelho –supostamente, ele só se apresenta em áreas comandadas pela facção criminosa– e de fazer apologia do crime e ao uso de drogas nas letras de suas músicas.
Um vídeo de um show do MC na Cidade de Deus, gravado em 17 de maio, foi estopim para a prisão. Neste, ele se apresenta em um palco enquanto, na plateia, um homem porta um fuzil e grava-o.
No final do ano passado, Poze e sua esposa tiveram bens –como carros de luxo e joias de ouro–apreendidos durante a Operação Rifa Limpa, contra sorteios ilegais, com indícios de manipulação.
Os bens foram devolvidos pela Justiça, entretanto, em abril deste ano. Segundo o juíz responsável pelo caso, não havia comprovação da relação dos objetos apreendidos com os delitos investigados.
Em março de 2020, ele foi denunciado pelo Ministério Público após ser gravado se apresentando no aniversário de um traficante, na favela do Jacarezinho.
Poze admitiu que já atuou como traficante entre 2015 e 2016, mas que não pratica mais os atos. Também confirmou que recebeu dinheiro pela apresentação que fez no Jacarezinho, mas que não sabia que se tratava de um show pago pelo tráfico.
Ele chegou a ser preso, em 2019, durante um show em Sorriso, em Mato Grosso. Na época, ele foi acusado de apologia do crime e precisou passar seis dias na cadeia.

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