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Médico ginecologista e preso por propostas de sexo em troca de procedimentos com suas pacientes

O médico ginecologista Nicodemos Júnior Estanislau Morais, de 41 anos, foi preso nesta quarta-feira (29), em Goiás, após, ser detido por fazer propostas de sexo em troca de procedimentos de cirurgia intima em suas pacientes.

De acordo com a Polícia Civil, já foi registrado 48 denúncias contra o médico. Segundo a delegada responsável pelo caso, Isabella Joy, uma mulher disse que, ao consultá-lo sobre uma possível cirurgia íntima, o médico fez uma proposta de sexo em troca do procedimento.

“Ele ofereceu que, se ela não quisesse pagar, poderia fazer em troca de sexo, mas ela não aceitou”, disse a delegada.

O procedimento é conhecido como ninfoplastia, que é uma cirurgia nas partes íntimas da mulher.

Após a audiência de custódia que foi realizada em Anápolis, a 55 km de Goiânia, o ginecologista está detido em cela especial. A sua defesa afirma que o seu cliente não cometeu nenhum dos crimes e que pediu a revogação de prisão preventiva.

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) informou, por meio de nota, que "que irá analisar o caso e a conduta do médico no meio profissional, e irá tomar as medidas corretas".

Processos é Denúncias

Uma paciente do Pará entrou em contato com a Polícia Civil para denunciar o ginecologista por abuso, mas que, irá prestar o depoimento no próprio estado para poder dar continuidade nas investigações, já que o crime aconteceu lá.

Já no Distrito Federal, o médico foi condenado por violação sexual mediante fraude, mas que, ele não foi preso. E outra denúncia foi realizada no Paraná pelo o mesmo crime, mas que, foi arquivada por falta de provas.

Kethlen que foi paciente do médico, quando tinha apenas 12 anos, em 2013, disse que o ginecologista mostrou material pornográfico e fez com que ela o tocasse.

“Ele veio me falar que eu podia começar a me masturbar. Me mostrou histórias em quadrinho pornô e vídeos. Me mandando os links e quais eu podia assistir. Depois levantou, pegou minha mão e colocou nele, na parte íntima dele", contou.

Outra paciente foi ouvida pela Polícia Civil, e ela conta que o médico enviou mensagens de cunho sexual, após ela ter questionado sobre um método contraceptivo.

Já uma outra paciente relatou que durante uma consulta, o médico elogiou seus olhos e seu órgão sexual, e que em seguida perguntou sobre a relação sexual com o seu marido.

“Eu fiquei congelada, e ele fazendo manipulações, isso tudo com os dois dedos introduzidos na minha vagina. Eu não consegui nem respirar no momento. É uma situação que a gente nunca espera que vá acontecer”, contou.

Em Goiás, o médico deve ser indicado por:

  • 45 violações sexuais mediante fraude - por usar a posição de médico para cometer abusos;
  • 2 importunações sexuais - por causa de atos libidinosos;
  • 1 estupro de vulnerável - no caso da jovem Kethlen Carneiro, que denunciou que foi vítima do médico quando tinha 12 anos (em 2013).

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