Bateria de lítio provoca incêndio em voo da Air China. Veja o vídeo.
Gabriel Maia - Estágio DM
Publicado em 20 de outubro de 2025 às 10:48 | Atualizado há 2 horas
Uma bagagem transportada dentro de um avião, no compartimento de mala de mão, pegou fogo no último sábado, 18, após uma bateria de lítio explodir em um voo CA 139 da Air China. A aeronave que tinha destino a Incheon, na Coreia do Sul, precisou realizar um pouso de emergência por conta do incidente.
Segundo o jornal The New York Times, aeronave havia decolado da cidade de Hangzhou, na China, quando a mala que estava no compartimento acima dos bancos entrou em combustão, mas logo os tripulantes conseguiram controlar o ocorrido. A bateria era removível.
Em vídeo publicado na internet por passageiros mostra o exato momento em que a fumaça se espalha dentro do avião e o fogo se alastra dentro do compartimento de mala. Um dos passageiros chega a puxar a mala, mas uma outra pessoa chama a atenção dele e pede para o homem retornar ao acento. Ainda nas imagens é possível observar as pessoas correndo em direção às chamas para tentar apagar o fogo.
Com o incidente, os pilotos tiveram de realizar um pouso de emergência no aeroporto de Xangai. A companhia aérea Air China disse que apesar do susto, não houve feridos e a situação de fogo foi controlada.
Em junho deste ano, a China havia proibido o transporte de algumas baterias a bordo de voos, após órgão regulador do país alertar sobre riscos crescentes de casos parecidos. A regra não se aplica a baterias removíveis e os tripulantes só podem transportar dispositivos como esses se estiverem marcados com certificados ou identificados com selos de segurança chinesa.
Com a grande quantidade de dispositivos eletrônicos como celulares e notebooks abordo das aeronaves, incidentes como esses passaram a ser recorrentes. As baterias de lítio possuem alta sensibilidade dos componentes internos e a inflamabilidade dos materiais que compõem, combinadas com a pressão e mudanças de temperatura no avião, podem levar a uma reação em cadeia de calor, fumaça, explosão do objeto e incêndio.
A fim de evitar riscos como esse no voo da Air China, as companhias aéreas passaram a monitorar o transporte desses objetos. Carregadores portáteis mais conhecidos como “Power Banks” não podem ser transportados no porão de carga, o que dificultaria o combate às chamas em casos de incêndios.
Países da Ásia, como Coreia do Sul, Tailândia, Singapura, Taiwan e Hong Kong, têm reforçado regras sobre o armazenamento e uso de baterias a bordo para evitar acidentes. No Brasil, para transporte baterias em aeronaves, as companhias aéreas adotam regulamentações rigorosas, baseadas em normas internacionais, como as da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) e em regulamentos locais, como os da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
A principal preocupação é evitar incêndios causados por curto-circuito ou superaquecimentos, especialmente como as baterias íons de lítio.
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