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Segundo o Jornal O Globo, a viúva de Adriano Magalhães de Nóbrega, Júlia Emília Mello Lotufo, se casou com Eduardo Vinícius Giraldes Silva em regime de comunhão total de bens. Giraldes devia dinheiro de agiotagem a Adriano e segundo a Polícia Federal (PF) acredita se que Júlia teria ficado com a herança proveniente de atividades ilegais do ex-marido.
Capitão Adriano, como era conhecido, era apontado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro como chefe do Escritório do Crime, um dos principais grupos de milícia do estado. A PF investiga a relação entre o empresário e o ex-policial que foi morto em 9 de fevereiro de 2020 em operação na Bahia, que tinha como objetivo cumprir um mandado de prisão contra Adriano.
Júlia foi denunciada com mais oito pessoas de estar relacionada a associação criminosa, agiotagem e lavagem de dinheiro que seria do miliciano na Operação Gárgula, do MPRJ (Ministério Público do Rio de Janeiro). O empresário Eduardo também foi condenado, em primeira instância, a mais de oito anos por associação criminosa, falsificação, furto mediante fraude e furto qualificado.
Eduardo Giraldes, em 2014, foi alvo na Operação Nômade 2, por integrar uma quadrilha que falsificava cartões de crédito. Mesmo com a condenação, isso não impediu ele virasse empresário e se tornasse o dono do Azeite Royal. De acordo com o jornal, desde 2018, ele fez grandes investimentos na publicidade do produto importado, patrocinando times de futebol e até um lutador de MMA. No ano passado, a marca alimentícia dele foi patrocinadora até dos clássicos no Maracanã. A PF também indica que o empresário tinha vínculos com o carnaval.
Na Operação Gárgula, Júlia é vista como uma parte fundamental para entender a extensão do envolvimento de Adriano com o crime e também sobre possíveis relações políticas que ele tinha. A defesa de Júlia Lotufo não se manifestou.
Com informações do UOL*
