![Imagem ilustrativa da imagem Moraes manda investigar diretores de Google e Telegram por campanha contra PL das fake news](https://cdn.dm.com.br/img/Artigo-Destaque/120000/1200x720/Artigo-Destaque_00123341_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.dm.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F120000%2FArtigo-Destaque_00123341_00.png%3Fxid%3D568920%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721428911&xid=568920)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira, 12, a abertura de uma investigação sobre executivos de Google e Telegram pelas campanhas contra o chamado PL das Fake News. A decisão atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A Polícia Federal recebeu 60 dias para concluir o inquérito, mas o prazo pode ser prorrogado. Moraes já determinou que diretores e "demais responsáveis" pelas plataformas sejam ouvidos.
DOCUMENTO: INVESTIGAÇÃO GOOGLE E TELEGRAM
A Google exibiu em sua página inicial, para todos os usuários, uma mensagem de alerta contra o PL. Os internautas que clicavam no link eram direcionados para um artigo de opinião do Diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, que acusava o texto de "aumentar a confusão entre o que é verdade e mentira no Brasil".
A mensagem foi removida depois que o Ministério da Justiça anunciou que investigaria se as grandes empresas de tecnologia usaram indevidamente o poder econômico para enviesar o debate em torno do projeto de lei.
O Telegram também entrou na campanha e disparou um manifesto com críticas ao PL. A mensagem chama a proposta de "desnecessária" e diz que ela "concede poderes de censura ao governo". A plataforma recuou e publicou uma retratação após o STF ameaçar suspender as operações do aplicativo no Brasil.
A PGR acionou o Supremo a partir de uma notícia-crime do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), que adiou a votação do projeto de lei. Ele acusou as plataformas de operarem uma "sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação, aproveitando-se de sua posição hegemônica".