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Textos bíblicos tomaram conta de sessão que discutia projeto contra casamento igualitário

Governistas conseguiram acordo para postergar votação e realizarem audiência pública

Imagem ilustrativa da imagem Textos bíblicos tomaram conta de sessão que discutia projeto contra casamento igualitário

A argumentação com base em textos bíblicos tomou conta da sessão da comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família, da Câmara dos Deputados. A reunião discutia a aprovação do projeto que visa alterar o Código Civil e pode proibir a realização de casamentos igualitários no Brasil.

O plenário 4 da Câmara Federal ficou semelhante a um campo de batalha, no campo dos argumentos entre parlamentares oposicionistas e governista. No entanto, com destaque aos ideais apresentados por Deputados e Deputadas que figuram no espectro conservador, se valeram em sua ampla maioria de textos bíblicos para justificar seu ponto de vista.

O deputado Federal Pastor Isidório (Avante/BA), tornou-se o centro de uma ampla discussão após fazer uso da palavra. Isidório fez a leitura de passagens do livro sagrado do Cristianismo para justificar a defesa de sua tese de que homens que se identificam como mulheres e mulheres que se identificam como homens, por mais que assim o queiram, nunca o serão.

“Homem com homem não faz filho, mulher com mulher não faz filho. Mas eles também precisam respeitar a nossa fé [...] neste país defende-se macaco, e é pra defender, neste país defende-se tartaruga, defende-se baleia, e quem é que vai defender a manutenção da espécie? Homem com homem eu aprendi com meus pais ‘vira lobisomem e mulher com mulher vira jacaré.” bradou Deputado Pastor Isidório (Avante/BA)

As argumentações do parlamentar baiano causaram a fúria dos representantes da sociedade civil presentes no plenário, que a consideraram ofensas transfóbicas. A deputada federal Érika Hilton (PSOL/SP) confrontou Isidório enfaticamente, e a discussão provocou a suspensão da sessão para que pudesse ser construído um acordo que terminasse com o longo imbróglio de mais de 4 horas de sessão.

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A sessão foi encerrada sem apreciação do mérito da pauta e postergada a votação para a próxima quarta-feira, 27, um dia após a realização da tão esperada audiência pública.

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