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POLÍTICA

O futuro veio começar em Goiânia

O 42º Congresso da UBES reuniu centenas de estudantes do Brasil na Praça Universitária em seu segundo dia de evento. O evento começou às 10h e se estendeu até as 20h. Cerca de 10 debates simultâneos aconteceram nas tendas espalhadas pela praça. Entre os assuntos estavam ‘‘Defender a educação pública é defender a Soberania Nacional’’, ‘‘Diretas Já e a Campanha Se Liga 16’’, ‘‘Estratégias políticas internacionais de educação’’ e dentre outros assuntos.

No auditório 1, aconteceu o debate‘‘Escola sem Mordaça e a contra reformado ensino médio’’, que contou com a presença da procuradora-geral da República,Deborah Macedo Duprat, Caio Callegari(Todos Pela Educação), Tatiana Lemos(Vereadora PCdoB Goiânia), Maria Rebecca Silva de Oliveira (professora da rede pública do Amazonas), Gabriel Magno Pereira Cruz (secretário de assuntos jurídicos e professor) e do professor da rede pública de Alagoas Rafael Pires.

Rafael ressaltou a importância do senso crítico dos estudantes e criticou o atual sistema de ensino brasileiro e disseque os livros estão doutrinando os alunos e ressalta que quem deve fazer isso, são os pais e não a escola. Ele também criticou as OSs, dizendo que estão não é uma solução.

Em 2015, mais de 10 escolas foram ocupadas em Goiânia contra a proposta das chamadas OSs (OrganizaçõesSociais), modelo que repassa a administração estadual das escolas para uma espécie de associação privada.

Ocupações também foram realizadas contra a “militarização das escolas”,projeto que passava para o comando da PM algumas instituições. Já em2016, mais de 15 unidades federais de educação tinham sido ocupadas, desta vez, contra o congelamento dos  investimentos em educação por 20 anos e a reforma do ensino médio.O professor convidou os alunos a participarem da Greve Geral que irá acontecer no próximo dia 5 de dezembro em todo país. O ato está sendo organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical,União Geral dos Trabalhadores e outras centrais sindicais em protesto contra a Reforma da Previdência, que deve ser votada pela Câmara dos Deputados já na próxima semana. A ideia é pressionar os parlamentares a votarem contra a proposta. Pires encerrou sua fala dizendo ‘‘vamos às ruas por um Brasil livre e soberano’’. O público vibrou em gritando ‘‘escola sem partido é Ditadura Militar’’.A estudante Ingrid Barbosa, 17, natural de Belo Horizonte, conversou como Diário da Manhã e afirmou que está gostando muito do evento e acredita que as palestras estão acrescentando muito para seu aprendizado ‘‘É a segunda vez que participo do evento, e está edição estão sendo tão boa quanto a do ano passado, em Brasília’’. Já o estudante Henrico de Souza, 19, diz que está é sua primeira vez no Conubes. ‘‘Eu nãoconhecia Goiânia e até agora estou  tendo uma experiência rica em aprendizado,as palestras estão elucidando muitos assuntos que muitas vezes não são tão debatidos de forma geral, pretendo ir na próximas edições’’, diz Souza.

HISTÓRIA

A Praça Universitária, onde está acontecendo o 42º Congresso da UBES,foi batizada em homenagem a Honestino Guimarães. Rodeada pelas principais universidades da cidade, o local é tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Goiás. As esculturas que estão espalhadas por toda a praça formam um verdadeiro museu ao ar livree compõem o cenário cultural do lugar junto a uma biblioteca municipal, a  paróquia da PUC e o Museu Antropológico e o Centro Cultural da UFG.

Natural de Itaberaí, a 100 km de Goiânia, Honestino se destacou na militância na Universidade de Brasília(UnB) e liderou a UNE no período mais dramático da ditadura, quando a entidade estava na clandestinidade,no começo da década de 1970. Foi declarado desaparecido político em 1973. Apenas em 2013, após ser instituída a Comissão da Verdade, a família pode finalmente ter reconhecido o seu assassinato por “violência sofrida por militares”. Honestino estudava Geologia e também escrevia poesias.

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