Cotidiano

Entenda o caso Marta Cosac, julgamento adiado por duas décadas em Goiás

Redação DM

Publicado em 15 de março de 2016 às 12:18 | Atualizado há 10 anos

QUEM SÃO OS RÉUS

Os policiais militares Alessandri da Rocha Almeida e Frederico da Rocha Talone são réus no julgamento referente ao assassinato da empresária Martha Maria Cozac e do garoto Henrique Talone Pinheiro, em outubro de 1996.

 

QUANDO

O julgamento já teve cinco que é designada data para realização do julgamento – em outras oportunidades, recursos da defesa impediram a instalação do júri.

Os assassinatos de Martha Cozac e Henrique Talone ocorreram na madrugada de 7 de outubro de 1996, dentro de uma casa na Rua 132, no Setor Sul.

 

COMO FOI O CRIME

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado de Goiás, Frederico Talone havia sido contratado por Marta Cozac para trabalhar na confecção de sua propriedade. Era uma forma de retribuir o aluguel do imóvel – propriedade de Frederico Talone – que utilizava para morar e como sede de sua empresa.

No dia do crime, Martha Cozac e Frederico Talone haviam acabado de chegar de uma viagem a Cristalina. A empresária, então, ligou para Frederico Talone e pediu que no dia seguinte ele levasse cheques de terceiros que havia recebido pela confecção e estavam na posse do rapaz. Contou também que o veículo de sua propriedade, um Fiat Uno, apresentou defeito na ignição depois de uma tentativa de furto.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, Frederico Talone e Alessandri da Rocha foram até a casa da empresária no mesmo dia.

Chegaram ao local por volta das 23 horas, quando a empresária já se preparava para dormir. Martha Cozac abriu o portão do imóvel e acendeu as luzes, mandando os dois entrarem.

Segundo o MPGO, Frederico Talone, que à época era praticante de jiu-jitsu, e Alessandri da Rocha agrediram a mulher, aplicando-lhe golpes em regiões estratégicas. E la ficou desfalecida e os dois aproveitaram para amarrar seus pés e mãos, a levaram para o quarto e desferiram uma facada no lado esquerdo do peito.

Henrique Talone, que à época tinha 11 anos de idade, estava no quarto e também foi amarrado, teve os olhos vendados e a boa amordaçada.

 

DEPOIMENTOS

O menino levou dois golpes de faca, que foi deixada cravada em seu corpo. Frederico Talone e Alessandri da Rocha, de acordo com a denúncia do MPGO, se apoderaram de cheques da empresária, dinheiro, cartões bancários e fugiram levando ainda o Fiat Uno avariado.

Ao proferir a decisão de pronúncia, em 23 de março de 2010, Jesseir Coelho de Alcântara explicou que a materialidade delitiva estava comprovada e, embora os acusados negassem a prática do crime, os indícios de autoria se extraem dos depoimentos prestados pelas testemunhas.

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