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Dia da Família: ‘Respeito é uma linguagem universal para convivência em sociedade’

Mães que assumem o sustento da família, pais que criam os filhos sozinhos, avós que assumem os netos, famílias homoafetivas, pais socioafetivos, casais que decidem não ter filhos. As famílias são cada dia mais plurais. No Brasil, o Dia da Família é comemorado em 8 de dezembro. A data tem como objetivo homenagear e lembrar a importância da família.

Segundo a Constituição brasileira, o conceito de família abrange diversas formas de organização fundamentadas na relação afetiva entre seus membros. Confira abaixo os principais tipos de família:

  • Tradicional nuclear: Tipo mais comum de família formado pelos pais e seus filhos;
  • Matrimonial: A família matrimonial é legitimada pelo casamento civil;
  • Informal: A legitimidade se dá pela convivência, sem o que a união do casal tenha sido oficializada;
  • Monoparental: Composta por apenas um dos responsáveis, pai ou mãe;
  • Anaparental: Composta sem a presença de nenhum dos pais;
  • Reconstituída: Composta pela união de um casal com filho(s) de uma união anterior;
  • Unipessoal: Composta por apenas uma pessoa;
  • Eudemonista: União afetiva entre pessoas tendo como princípio a busca pela felicidade.

Conforme o psicólogo Adriano Gualberto, deparar com um visão diferente da experiência pessoal pode ser bem difícil, nesse sentido, o respeito é uma linguagem universal para convivência em sociedade.

O estudante Sérgio Murilo Pereira de Andrade Barbosa tem um relacionamento de quase 5 anos com Guilherme Henrique Tavares. O casal passou a morar juntos desde o início da pandemia.

“Nosso relacionamento é super estável, nos demos bem desde o começo. Acredito que somos melhores amigos acima de tudo, por isso conseguimos levar a relação de forma saudável, com muito diálogo e cumplicidade”, afirma.

Segundo Sérgio Murilo, cada pessoa é única e o ser humano é muito complexo, “Isso deve ser ressaltado ao invés de tentar colocar todo mundo em caixas cheias de regras e padrões. Acredito que deve haver mais respeito às diferenças, sejam elas físicas, no modo de se vestir, agir, pensar, se relacionar e formas de amar”, destaca.

Lorrane Gabriele da Silva Camargo é casada e tem uma filha com o atual companheiro que tem dois filhos de outro casamento. Ela conta que tem uma relação bem tranquila com os enteados e que eles são apaixonados pela irmã “ Apesar dos encontros serem apenas em datas comemorativas e férias escolares, convivemos em harmonia e respeito”, afirma.

Camila Oliveira Máximo tem um relacionamento de 11 anos com o pai do filho dela e eles só decidiram morar juntos há um ano. Ela afirma que não "vê a necessidade de sujar papel em cartório, até porque a gente nunca sabe o dia de amanhã”, diz.

Segundo Adriano, lidar com os diferentes formatos de família pode passar por algumas reflexões:

  • Qual a razão de querer interferir na tomada de decisão do outro, principalmente, numa esfera tão privada?
  • O que de verdade influência na sua vida um formato de família diferente do seu?
  • O que você ganha ao gastar energia e dedicação se preocupando com a vida alheia?

“É necessário levar em conta aspectos como os valores pessoais e ambientais aos quais a pessoa que não aceita diversos formatos de família possui”, explica Adriano.

Afinal, família significa relação afetiva entre pessoas que tenham ou não laços sanguíneos. Se baseia no amor, na ajuda mútua, na partilha e promove a formação de valores em cada um de nós.

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