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Guinness Book: o livro dos recordes

Que o Guinness Book é um dos livros mais conhecidos da sociedade atual e que ele registra os recordes mais comuns e mais absurdos do mundo, muita gente sabe. Apesar disso, poucos conhecem a origem desse tipo de registro, que veio do diretor administrativo da cervejaria Guiness, no Reino Unido, em 1951. No início, o livro era distribuído como brinde aos consumidores da cerveja, concebida na Irlanda no século XVIII.

Uma discussão desenvolvida em meio a uma caçada de aves deixou Hugh Beaver, diretor administrativo da cervejaria Guinness, um tanto intrigado. Ele e mais alguns caçadores não conseguiam definir se a ave mais rápida da Europa era a tarambola ou a tenaz. Sem resposta, ele imaginou o potencial comercial que teria um livro que fornecesse respostas a este tipo de pergunta.

Em 1955, a ideia de Beaver tornou-se concreta. A cervejaria Guinness contratou Norris McWhirter e Ross McWhirter, que trabalhavam em uma agência de apuração de fatos em Londres, para produzirem uma coletânea de recordes que viria a se tornar o Guinness Book, lançado no dia 27 de agosto daquele ano. O sucesso previsto por Hugh Beaver tornou-se realidade. Até o Natal daquele ano o livro estava no topo da lista dos mais vendidos do Reino Unido.

Desenvolvimento

Hoje o livro dos recordes tornou-se um acúmulo de variedades que contempla desde categorias óbvias, como o homem mais rápido do mundo, até acontecimentos incomuns e invenções bizarras. Também são registrados fenomenos da natureza, como tamanho de animais e vegetais. Vários concursos de recordes também já foram organizados para produzir conteúdo a ser acrescentado ao livro que é sucesso de venda há seis décadas consecutivas.

Programas de TV com curiosidades focadas no livro também já foram produzidos, e inclusive, exibidos na TV aberta brasileira pela Rede Record. Em 2005 foi designada pela Guinness uma data a ser considerada ‘O dia internacional do Livro Guinness dos Recordes’. Marcado para 9 de novembro, tem como intuito motivar competições e quebras de recordes simultâneos. Muitas pessoas preparam-se durante todo o ano para quebrarem recordes nesta data.

Polêmicas

O Guinness Book já teve que retirar categorias de recordes devido a problemas causados por incentivo a práticas cruéis e insalubres. Um exemplo é o recorde de gato mais pesado do mundo. Donos de gatos passaram a superalimentar seus animais para adquirirem o registro, colocando em risco a saúde de seus bichos. Também foram removidas todas as categorias relacionadas à ingestão de bebidas alcoólicas.

Recordistas

Um exemplo de como a existência do Guinness Book acaba mexendo com a vida de algumas pessoas é o espanto que alguns registros causam. A americana Lee Redmond, por exemplo, manteve suas unhas a crescer cuidadosamente de 1979 até 2008, quando as perdeu por conta de um acidente de carro. O resultado disso foi o recorde de mais longas unhas do mundo, somando todas elas 8 metros e 65 centímetros.

A mulher mais tatuada do mundo, a também norte-americana Julia Gnuse, possui sua pele 95% coberta por tatuagens. Ela tatua seu corpo com desenhos de vários temas. Seus desenhos favoritos, seus atores favoritos, e tem até mesmo um autorretrato. Vários recordes chamam a atenção pela falta de correspondência à vida prática, sendo completamente sintetizados em função do livro. O caso do recorde de Steve Jacobs, que vestiu 266 cuecas de uma só vez, é um exemplo.

Brasil

Entre os brasileiros registrados no Guinness Book, temos o caso da mineira que deteve o título de mulher mais velha do mundo até seu falecimento em 2011. Maria Gomes Valentim morreu pouco tempo depois de completar 115 anos. No primeiro dia de maio de 1995, a reunião de 2.728 motoristas, cada um em seu Fusca, entrou para o livro como maior carreata de Fuscas do mundo, e também como a maior carreata de veículos do mesmo modelo do mundo.

Crimes também estão presentes no livro. É o caso do roubo de R$ 164.755.15, que aconteceu em um banco de Fortaleza. Esta é, segundo o Guinness, a maior quantia de dinheiro já levada de um banco por ladrões. A engenharia do crime também chamou a atenção do mundo. Na ação, o grupo escavou um túnel de 78 m de comprimento, que serviu de passagem entre uma casa usada pelos ladrões e o cofre do Banco Central.

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