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Relatora da CPMI do Golpe pede o indiciamento de Jair Bolsonaro

Relatora apresentou o pedido durante leitura do parecer final dos trabalhos da comissão

Imagem ilustrativa da imagem Relatora da CPMI do Golpe pede o indiciamento de Jair Bolsonaro

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro, Senadora Eliziane Gama (PSD/MA), apresentou durante a leitura do parecer final dos trabalhos da comissão o pedido de indiciamento do ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro (PL). Ele foi o primeiro citado durante a leitura do texto durante a sessão que ocorre na manhã desta terça-feira, 17.

Após mais de 4 meses de duração, com diversas oitivas de autoridades e outros agentes supostamente envolvidos na tentativa de golpe de estado, que culminou na destruição dos prédios sede dos Três Poderes da República, os trabalhos terminam com a leitura do relatório. Eliziane, justificou no pedido de indiciamento, que o ex-mandatário, explorou a vulnerabilidade e a esperança de milhares de pessoas.

“Para atingir seu intento [de permanecer no poder], o então presidente da República instrumentalizou não somente órgãos, instituições e agentes públicos, mas também explorou a vulnerabilidade e a esperança de milhares de pessoas” Senadora Eliziane Gama (PSD/MA)

A relatora, citou fatos pregressos da vida política de Bolsonaro, a exemplo de falas proferidas em entrevistas a jornais, em que tecia elogios a ações ocorridas durante o período da ditadura militar de 1964. Eliziane, pontou que o capitão reformado, agiu para tentar se manter no poder de maneira autoritária, “cupinizando” as instituições Republicanas.

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“Visto como figura mítica por seus apoiadores, Jair Bolsonaro se utilizou, pois, do aparato estatal para atingir o seu objetivo maior: cupinizar as instituições Republicanas Brasileiras até o seu total esfacelamento, de modo a se manter no poder, de forma perene e autoritária” Senadora Eliziane Gama (PSD/MA)

Ela argumentou, que quanto aos atos de 8 de janeiro, o então presidente da República, teria responsabilidade direta como mentor moral.

“O então presidente da República, tem responsabilidade direta, como mentor moral de grande parte dos ataques perpetrados a todas as figuras republicanas que impuseram qualquer tipo de empecilho a sua empreitada golpista. Agentes públicos, jornalistas, empresários, membros dos poderes, militares, todos sofreram ataques e sansões por parte de Jair Bolsonaro e de seus apoiadores” Senadora Eliziane Gama (PSD/MA)

Ela conclui, argumentando que o silêncio de Bolsonaro diante dos acampamentos em frente aos quartéis do Exército Brasileiro, que pediam intervenção militar com o então Presidente no poder, foi fato preponderante para incentivar a ocorrência dos atos golpistas.

“Os fatos aqui relatados, demonstram exaustivamente que Jair Bolsonaro, então ocupante do cargo de Presidente da República, foi autor seja intelectual seja moral dos ataques perpetrados contra as instituições que culminou no dia 8 de janeiro de 2023” Senadora Eliziane Gama (PSD/MA)

A Senadora, pediu o indiciamento de Jair Bolsonaro pelos suposto cometimento dos crimes de associação criminosa, violência política, abolição violenta do estado democrático de direito e golpe de estado, todos estes por condutas dolosas.

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