Professor universitário é alvo da PF em ação contra tráfico de órgãos

Um professor de anatomia da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) é alvo de uma investigação da Polícia Federal que trabalha no combate ao tráfico internacional de órgãos humanos, nomeada de Operação Plastina.

Foram apreendidos dados de um computador do laboratório de anatomia da universidade e peças de anatomia. De acordo com a instituição, as peças são usadas no ensino em uma técnica denominada “plastinação”.

A Polícia Federal afirma que tal técnica foi utilizada para transportar de maneira ilegal três placentas e uma mão de Manaus para Cingapura. As investigações indicam que o investigado, Hélder Bindá Pimenta, teria enviado os órgãos ao postar uma encomenda. O destinatário seria um designer indonésio que vende acessórios usando materiais de origem humana.

Após o conhecimento dos fatos, o professor foi afastado do cargo por ordem da 4ª Vara Federal de Manaus.

A universidade afirma que a plastinação é uma técnica adotada na instituição desde 2017. “É um procedimento técnico de preservação de matéria biológica, criado pelo cientista Gunther Von Hagens em 1977, e que consiste em extrair os líquidos corporais, tais como a água e os lípidios, através de métodos químicos, para substituí-los por resinas elásticas de silicone e rígidas epóxicas”.

Segundo o governo do Amazonas, Bindá, além de ser professor concursado, ele também é fisioterapeuta graduado na Universidade Adventista de São Paulo (Unasp), doutorando em ciências morfofuncionais pela Universidade Federal do Ceará, mestre em ciências biomédicas e com especialização em Educação na Saúde no curso de Medicina pela UEA.

Ainda de acordo com informações do governo do estado, ele é “sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Anatomia, membro regular da International Society for Plastination (ISP) e membro da American Association of Anatomists”.

*Com informações do UOL

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